terça-feira, 16 de março de 2010

Como vamos de leituras?


Para além de várias publicações de carácter científico, relacionadas com a minha actividade profissional, no âmbito da História, História da Arte, História Local e Regional, Arqueologia e Museologia, estou também a ler dois livros: “Árvore sem Voz”, de Daniel Sampaio e “ O Homem que gostava de cidades”, de Manuel Graça Dias.
O último livro que li foi “Jerusalém Uma Cidade, Três Religiões”, de Karen Armstrong. Este livro ajuda-nos a perceber os conflitos no Médio Oriente. O livro traça o retrato de uma cidade “sagrada” dividida na sua crença. Para além de uma análise histórica é também uma reflexão espiritual sobre como a reivindicação de judeus, cristãos e muçulmanos tem originado e condicionado o destino de uma cidade.
Para além da excelente investigação histórica o livro é de leitura muito fácil, principalmente pela clareza do discurso, aconselho.
Felizmente tive contacto com “o mundo dos livros” bastante jovem e desde sempre gostei de ler. Li com bastante interesse algumas das obras de Alves Redol, Jorge Amado, Machado de Assis e Fernando Savater. Mas o livro que mais me marcou foi “Esteiros”, de Soeiro Pereira Gomes, foi o livro que li mais vezes e apesar de já conhecer bem a história quando o volto a ler descubro sempre algo de novo. Tive contacto com esta obra através das aulas de Português leccionadas pela Professora Leonor Ribeiro (estava eu no 8º Ano de Escolaridade). Como nos diz o autor, o livro é dedicado “aos filhos dos homens que nunca foram meninos”, é um grito de denúncia, mas é ao mesmo tempo um grito de esperança e libertação.
Ler os “Esteiros” é compreender que poderíamos viver num mundo mais justo e solidário, com igualdade de oportunidades, mas é também um passo na construção de mundo melhor, aconselho vivamente.
Nuno Prates
Professor do Ensino Secundário (História).